Com economia de R$ 84 mil anuais será possível atender, com sobras, a outras finalidades, como o reequilíbrio dos vencimentos defasados de alguns servidores
Após uma reunião com os servidores do Legislativo municipal, nessa quarta-feira, os vereadores Mateus Wesp, Patric Cavalcanti, Gleison Consalter (Palhaço Uhu), Evandro Meireles, Cláudio Rufa Soldá e Aristeu Dalla Lana decidiram sugerir o congelamento do subsídio dos vereadores.
Ainda durante a quarta-feira, os parlamentares protocolaram duas emendas ao projeto de Lei que concede a reposição aos vereadores e servidores do Legislativo municipal. O projeto prevê o índice de 2,84%, tanto para vereadores quanto para os servidores da Câmara.
As emendas de Wesp e dos demais parlamentares preveem que os vereadores não sejam contemplados com a reposição e que os servidores recebam um reajuste de 3,5%. Conforme o vereador, se os parlamentares não tiverem a revisão em 2018, os servidores poderão ter um reajuste condizente com os índices inflacionários.
“A não reposição do subsídio dos vereadores trará uma economia de R$ 84.900,00 ao longo de um ano, valor que pode ser utilizado para a concessão de um reajuste maior para os servidores da Casa, economizado ainda R$ 30 mil para serem usados em outras finalidades. Essa nossa ação busca complementar uma atitude que tomamos logo ao ingressar na Câmara, de abrir mão da utilização do celular funcional e de não utilizar diárias. Espero a compreensão dos pares para que aprovemos a alteração no texto original”, declarou Mateus Wesp.
Além disso, outros argumentos pesam na decisão de propor as emendas ao projeto e não conceder o reajuste para os vereadores, entre eles:
Mateus Wesp também afirmou que devido à crise econômica enfrentada pelo Brasil, reajustar nesse momento o subsídio dos vereadores soa como uma afronta aos pagadores de impostos, visto que o subsídio dos parlamentares passo-fundenses é um dos maiores do Rio Grande do Sul. “Além disso, índices fixos são práticas adotadas em países de economia planificada e não de economias solidárias e de mercado”, declarou o parlamentar.