O que é ser livre?
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  • 15/10/2015

O que é ser livre?

Objetivos

O uso do nosso livre arbítrio acaba por produzir costumes e hábitos. A possibilidade de escolhermos cotidianamente nossas ações nos dá a chance de aproximarmo-nos ou não dos nossos objetivos de vida, ou seja: o homem tem a caneta de sua história em suas mãos.

É evidente que no decorrer da vida existem inúmeros obstáculos que se interpõem ao nosso poder decisório: cansaço, distração, fraqueza, carência etc..

Essa realidade comum a todos me faz recordar a importância de treinarmos nossa capacidade de sermos virtuosos.

A pessoa que tem virtude tem dentro de si uma fortaleza que a protege desses obstáculos fazendo com que não perca o foco dos seus objetivos.

De fato, ser livre é agir de maneira virtuosa, é ponderar as escolhas, refletindo sobre os efeitos e consequências que elas nos trarão.

Em não sendo virtuoso, o homem se torna escravo das “modas do momento”, assemelhando-se mais a folhas que se movem ao sabor do vento do que um ser que age porque assim o quer.

Evidente que a tendência é optar pela atitude não virtuosa, buscando saciar objetivos mais fáceis do que empreender uma jornada na busca de metas mais elevadas.

Todos sabem o quanto mais fácil é entregar-se a certos prazeres, evitando assim o sacrifício, a abdicação e a prudência.

Quem nunca, mesmo tendo prazos, metas e compromissos, optou por dormir, beber, ser ocioso ou se divertir, ao invés de ser virtuoso e manter o foco naquilo que tem que ser feito?

Todavia, se nos privamos da capacidade de sermos virtuosos, abdicamos a possibilidade de alcançarmos objetivos mais elevados. Nos limitamos na maioria da vida, ao invés do sacrifício, ao gozo de prazeres pequenos e pouco gratificantes que logo são esquecidos e substituídos por um vazio no peito.

Ora, para sermos virtuosos necessitamos ser prudentes, não nos deixando dominar pelas paixões, emoções e desejos que surgem a cada momento e que desafiam nosso exercício da liberdade, como que dizendo: “Faça o que te dá vontade, entregue-se ao desejo, é mais fácil!!!”.

Pois bem, se o homem escolhe mal, acaba adquirindo uma debilidade denominada “vício”, hábito negativo que consiste em impedir o homem de buscar bens convenientes e que lhe dão sentido efetivo para a vida.

O problema do vício é que, optando por atos viciados, imprudentes, acabamos por moldar nosso caráter e nosso modo de ser, ficando cada vez mais difícil abandonar o vício.

Aquele que mente, acaba se tornando mentiroso, sendo difícil abandonar essa prática com o passar do tempo.

Atos que a princípio parecem ser livres, com o passar do tempo e a solidificação dos hábitos acabam determinando nossa personalidade e mostrando quem de fato somos.

Sem no darmos conta, agimos automaticamente a impulsos sem utilizarmos nossa vontade para frear as emoções.

Embora muitos prefiram se iludir sob o argumento “Me entreguei a esse impulso porque quis, na próxima será diferente” (cito como exemplo o comprador compulsivo), se observarmos o histórico de atitudes provavelmente constataremos um padrão de comportamento que não apenas é difícil de ser quebrado, como acaba como que por condenar a pessoa a um certo tipo de destino.

Portanto, a tomada de decisões acaba afetando diretamente nosso mundo pessoal: escolher uma carreira ou outra, casar com uma pessoa, aceitar um posto de trabalho, mudar de cidade, sofrer um acidente, ter um filho;

A biografia de nossas vidas é composta por decisões que tomamos diariamente, sejam elas virtuosas ou viciadas. Entre as duas, melhor optar por uma decisão virtuosa e prudente.

Como diria Margaret Thatcher:

“Cuide seus pensamentos pois eles podem se tornar palavras;
Cuide suas palavras pois elas podem se tornar ações;
Cuide suas ações pois elas podem se tornar hábitos;
Cuide seus hábitos pois eles podem se tornar o seu caráter; 
Cuide seu caráter pois ele pode se tornar seu destino;
Nos tornamos aquilo que pensamos”.

Por Mateus Wesp