A prática do mal! Um hobby disponível a todos!
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  • 09/08/2016

A prática do mal! Um hobby disponível a todos!

Dickvigarista

 

Uma das características mais marcantes de minha infância fosse na leitura de histórias em quadrinhos, fosse ao assistir desenhos animados era a de que o mal era algo anormal, praticado por personagens que divergiam daquilo que tradicionalmente a sociedade da história sabia ser o correto, o bom e o belo.

Não era à toa que vilões como Esqueleto, Vingador ou Gargamel eram retratados como imorais, maldosos e feios.

Nos dias de hoje, entretanto, o mal ganhou ares de normalidade. Mais que banal, ele se tornou algo intencionalmente buscado pelas pessoas.

A prática do mal não fica mais confinada a excepcionalidade das situações, propaga-se de modo endêmico pelas ruas, transbordando em todas as relações sociais: trânsito, fila do mercado, nas escolas, no trabalho e nas famílias.

Diferente de outras épocas, onde o mal era simbolizado por alguém cujas circunstâncias peculiares haviam o levado a ingressar no “lado negro da força”, ao melhor estilo Darth Vader, hoje vemos que as ações maléficas se manifestam cotidianamente nas relações mais simples e normais, quase que como se agir de modo maldoso fosse uma exigência da sociedade.

Do contrário, porque chamaríamos alguém de trouxa por ter praticado um ato caridoso ou por ter ajudado necessitados?

Ora, ao destruirmos valores morais objetivos sobre o certo e o errado, relativizando aquilo que as pessoas devem ou não fazer, sob o discurso de que “não existe verdade” ou “a maldade está nos olhos de quem vê”, abrimos caminho para que as pessoas espontaneamente escolham fazer o mal dando de ombros para as consequências de seus atos.

Os brados de “pseudo-intelectuais” contra as “correntes opressores” das regras sociais ou a fúria daqueles que detestam qualquer controle sobre sua vontade, longe de produzirem liberdade, felicidade ou paz, proporcionam o predomínio da vontade dos mais fortes e opressores sobre os bondosos e pacíficos.

Valores morais, limites e regras são coisas que impedem que o homem caia na barbárie. Quando elas são derrubadas, o mal floresce, o mundo surta e as pessoas sofrem.  

A loucura da sociedade atual consiste na normalidade com que optamos por fazer o mal, transformado em hobby, que todos podem praticar e que faz do sadismo a “cereja do bolo”. Assim, logo após a prática de um ato ou comentário maldoso, pela emblemática frase daquele que se regozija com a desgraça alheia ao dizer: “bem-feito”.

Por Mateus Wesp