A necessidade de privatizar
Não utilizamos cookies próprios. Nosso site utiliza apenas cookies de terceiros essenciais e para monitoramento de acessos e estatística dos site. Ao continuar navegando você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Sombra horizontal g
  • 23/04/2019

A necessidade de privatizar

Dsc02065

A boa organização política demanda a observância de alguns princípios que, ao longo da história, foram comprovando sua eficácia. Um deles é o da subsidiariedade, segundo o qual o Estado só deve avocar para si aquelas tarefas que não possam ser bem desempenhadas pela sociedade civil, pelos empreendedores privados. Esse princípio legitima a atuação estatal na economia apenas na medida em que a iniciativa privada não possa ou, por alguma razão especial, não queira atuar em determinado setor.

Foi a subsidiariedade o que justificou a criação de uma série de empresas estatais nos anos sessenta e setenta do século passado, nos planos federal e estadual. Acreditava-se, então, que a iniciativa privada não seria capaz, ou não teria interesse, em prover serviços públicos como os de distribuição de água e de energia elétrica ou para atuar em áreas tidas como estratégicas, como a mineração.

Sem adentrar no mérito do acerto ou desacerto das decisões pretéritas, fato é que os tempos mudaram e nos últimos cinquenta anos a economia privada atingiu um outro patamar de vigor e organização em nosso país. Consequência do amadurecimento das estruturas regulatórias que a amparam, como a do sistema bancário e dos mercados de capitais, hoje a iniciativa privada pode se encarregar de prover os serviços público que no passado se consideravam eminentemente estatais. Isso, com padrões de qualidade e eficiência usualmente superiores àqueles ofertados pelo Estado.

O Rio Grande do Sul não pode ficar alheio a tais evoluções, como se vivêssemos em uma realidade paralela, eternamente presos aos cânones do passado. Nas últimas décadas, o nosso Estado perdeu a capacidade de entregar aos seus cidadãos os mais básicos e essenciais dos serviços que dele se espera: segurança, saúde e educação. Para que possa voltar a entrega-los com qualidade, é imprescindível que a iniciativa privada assuma tarefas que não precisam mais ser desempenhadas pelo poder público: é hora de privatizar, pelo bem dos gaúchos!

Por Equipe Wesp