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O Governo do Rio Grande do Sul, por meio do assessor especial do governador Eduardo Leite, Mateus Wesp, deu início a uma série de diálogos com o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) para fortalecer institucionalmente o tradicionalismo como vetor de desenvolvimento cultural, econômico e social. A agenda teve como foco dois eixos centrais:
1. Estruturação de uma política pública sustentável voltada ao tradicionalismo gaúcho;
2. Apoio financeiro para a cobertura da pista de laço do Parque de Rodeios Vitor Mateus Teixeira, em Passo Fundo.
A reunião contou com a presença do presidente do MTG, Alessandro Gradaschi, eleito por consenso em 2024 e natural de Passo Fundo, que já havia articulado a pauta junto ao governo estadual no ano anterior. O encontro ocorreu com o novo secretário da Cultura, deputado Eduardo Loureiro, e o secretário do Turismo, deputado Ronaldo Santini, além de representantes de diversas regiões tradicionalistas do Estado.
A 7ª Região Tradicionalista, que abrange Passo Fundo, teve participação destacada, com a presença dos líderes Verceli de Oliveira e Marcelo de Oliveira, reforçando o protagonismo regional no debate sobre o futuro das tradições gaúchas.
Como desdobramento da agenda, foi anunciada a criação da Coordenadoria Estadual do Tradicionalismo Gaúcho, instituída pelo secretário Eduardo Loureiro no âmbito da Secretaria de Cultura, com o objetivo de integrar ações governamentais voltadas à valorização da cultura tradicionalista e atender de forma estruturada as demandas do setor.
Também foi confirmada a aprovação, pelo Conselho Estadual de Cultura, dos projetos vinculados ao ENART 2025, viabilizando a captação de recursos para o custeio do maior evento artístico do tradicionalismo gaúcho.
Paralelamente à agenda com o Executivo, as lideranças do MTG se reuniram com o deputado estadual Valdir Bonatto (PSDB) para solicitar o apoio a um importante pleito regional: a cobertura da pista de laço do Parque de Rodeios Vitor Mateus Teixeira, em Passo Fundo. A demanda foi apresentada pelo vereador Evandro Meireles (PSDB) e pelo coordenador da 7ª Região Tradicionalista, Verceli de Oliveira, com apoio de diversas entidades tradicionalistas da região norte do Estado.
De acordo com a pesquisa realizada pela Universidade Feevale, o tradicionalismo movimenta cerca de R$ 4,5 bilhões por ano no PIB gaúcho, gerando impacto em setores como rodeios, festas campeiras, vestuário, gastronomia, turismo, música, erva-mate e artesanato. Só os rodeios responderam, em 2023, por quase R$ 1 bilhão em inscrições, R$ 923 milhões com cavalos e mais de R$ 279 milhões em pilchas.
“O tradicionalismo não é apenas uma herança cultural: é uma força econômica, uma expressão viva da identidade gaúcha. Nosso papel no governo é transformar essa potência em política pública concreta, com visão de futuro e impacto social”, afirmou Mateus Wesp.