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As restrições das legislações municipais, que por muitas vezes vão além das restrições impostas na legislação federal, têm constituído grandes obstáculos para a prestação de serviços de transporte por aplicativo. Essa foi uma das considerações da gerente de políticas públicas do Uber, Irina Cezar, que se reuniu com o deputado estadual Mateus Wesp na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (08).
O deputado estadual Mateus Wesp ficou conhecido durante seu mandato como vereador na Câmara Municipal de Passo Fundo, em 2017, quando propôs uma lei para regulamentação do aplicativo na mesma cidade. Porém, a inclusão de algumas modificações sugeridas pelo Poder Público, inviabilizaram o funcionamento da empresa que hoje é referência mundial no serviço de caronas. Segundo o deputado, o objetivo principal da proposição apresentada durante o mandato no legislativo municipal era proporcionar segurança jurídica para que esse tipo de serviço pudesse operar na região Norte do estado e, consequentemente, nas cidades do interior. Wesp destacou ainda a importância da disponibilização do aplicativo para a abertura de novos mercados em cidades menores, ampliando a concorrência entre prestadores deste tipo de serviço.
Um dos principais questionamentos diz respeito à insegurança relatada pelos usuários na utilização da ferramenta. Irina explica que a empresa fará um investimento de aproximadamente R$ 250 milhões em um laboratório de tecnologia no estado de São Paulo, com o intuito de desenvolver ainda mais ferramentas que garantam a segurança de motoristas e passageiros. “É muito comum a falta de conhecimento por parte de motoristas, referente a dispositivos de segurança disponibilizados dentro do próprio aplicativo”.
A representante do Uber na região Sul afirmou que, apesar de o Brasil, juntamente com o México, ser o líder nos casos de incidentes, o Rio Grande do Sul está entre os estados do país com menor índice de ocorrências. Outro ponto ressaltado por Irina é a existência de um banco nacional de verificação de antecedentes próprio da empresa, garantindo a segurança de passageiros. “A maioria dos casos de incidentes foram registrados em viagens clandestinas, ou seja, o motorista desliga o aplicativo e faz o trajeto sem auxílio do aplicativo, para não precisar pagar a porcentagem devida a empresa”, explica Irina.
O deputado tucano destacou a importância dos investimentos que serão feitos para aprimorar os serviços prestados pela empresa e afirmou que “alguns assuntos já estão ultrapassados, e esse é um momento positivo para a integração e a convergência entre esse modelo de negócio e as legislações municipais”, exalta Wesp.