Créditos: Thaise Ribeiro / Equipe Wesp
Nos últimos três anos, os gaúchos presenciaram um profundo programa de reformas no Estado, que mudou as perspectivas para o nosso futuro. Fizemos as reformas da previdência e administrativa, controlamos o déficit público, colocamos em dia os vencimentos do funcionalismo e os pagamentos aos municípios e fornecedores. Agora, com o regime de Recuperação Fiscal, estamos próximos de equacionar a dívida com a União. Ainda, privatizamos estatais, encaminhamos amplo programa de concessões rodoviárias e haverá investimentos públicos superiores a R$ 5 bilhões até o final deste ano em todas as áreas.
O sucesso das reformas coloca em pauta as perspectivas para a sua continuidade. É conhecida a posição do governador Eduardo Leite no sentido de não querer se apresentar para concorrer à reeleição, porque é contra este instituto. Assume uma posição respeitável, coerente com suas convicções pessoais e com o seu histórico político, mas que expõe a dificuldade de encontrar, no arco de forças que o apoiam, um candidato eleitoralmente viável à sua sucessão e, portanto, à continuidade de um projeto exitoso.
Mais do que uma questão de apelo eleitoral - que não falta ao governador que termina o governo com uma das maiores aprovações da história – o que está em jogo é a representatividade de uma agenda reformista cujos resultados são evidentes. Se cabe uma legítima convocação para que reveja sua posição, isso se dá por uma razão nobre: a essência da política é a promoção do bem comum, que nos últimos anos se materializou no tema das reformas.
Promover o bem comum demanda do estadista a virtude da prudência: a ponderação das circunstâncias vigentes e a consequente tomada de decisões adequadas a elas, mesmo que isso implique em contrariar projetos pessoais. É assim, porque a virtude da prudência orienta a ação humana em um mundo contingente e mutável. E a conjuntura atual indica que não há candidato mais viável à sucessão de Eduardo Leite do que ele próprio.