Porque devemos nos arrepender!
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  • 29/07/2016

Porque devemos nos arrepender!

Reconhecer os erros é fundamental para que possamos fazer as escolhas certas

Errei

 

Aquele que erra é um desobediente das regras do jogo da vida. Assim como no esporte, a vida possui regras morais que se desrespeitadas, impedem o homem que as infringiu de chegar ao objetivo para o qual foi criado.

Quem erra empurra uma porta que traz a escrita “Puxe”. O erro destrói as coisas e as pessoas, deixando-as neuróticas e aborrecidas, como ficam aqueles que não obedecem aos letreiros das portas.

Porém, quem erra nem sempre percebe que está indo contra as regras do jogo e, se percebe, nem sempre tem a clara perspectiva das consequências desastrosas que faz para si e à sociedade. É preciso ter a sensibilidade apurada, a capacidade humana do arrependimento e do remorso, abrindo mão da soberba, da vaidade e do orgulho, para que seja possível reconhecer os erros cometidos.

Quando nos arrependemos, caímos em si, recriminamo-nos por termos sido infantis e irresponsáveis. Quando o arrependimento é verdadeiro, surge a humildade, acaba-se a arrogância e cria-se o espaço, em vista do reconhecimento da falha, para que a vida seja reorientada.

O arrependimento interior dos erros é uma mudança radical da vida. Um regresso ao caminho justo e ao respeito às regras do jogo. Uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e uma repugnância pelas más ações que cometemos.

Ao mesmo tempo, implica o desejo e o propósito de mudar de vida, com a expectativa de que venham dias melhores em virtude das lições aprendidas.

Quando nos arrependemos, podemos cair mil vezes, sem desanimar, pois, sabemos que temos a capacidade de sermos melhores, de perdoarmo-nos das falhas do passado buscando acertar no futuro. Evitamos assim qualquer desespero pessimista ao estilo “Tudo está perdido”.

Do arrependimento sincero surgem homens mais humildes, mais conscientes das suas fraquezas. E também, mais fortes, menos covardes, mais dispostos a dar a vida pelo que é certo.

Mesmo que na lama, o coração humano pode levantar-se, sacudir a poeira e dar a volta por cima, reconhecendo os erros e não desanimando.

Essa é a diferença entre o porco e o homem, um que vai à lama por instinto, outro, que não precisa dela, mas por suas fraquezas acaba buscando satisfações que lhe emporcalham a alma.

O homem pode sair da lama se arrependido, basta querer fazer a coisa certa.

Assim também ocorre no âmbito da política, quando fazemos escolhas, devemos ter a capacidade de refletir sobre elas, analisar as consequências, arrependermo-nos dos erros para que possamos acertar no futuro.

A aproximação do encerramento do processo de Impeachment da Presidente Dilma, por exemplo, ou mesmo as próximas eleições municipais que se avizinham, nos fornecem a exata possibilidade da prática do arrependimento para que possamos acertar onde antes havíamos errado.

 

                  

Por Mateus Wesp