Há dez anos, com 17 anos de idade, eu completava o 3° ano do ensino médio na escola Garra de Passo Fundo.
Na época, jovem e com pouca experiência, nem imaginava quais caminhos seriam percorridos por mim ao longo de dez anos.
Recordo do prêmio de aluno revelação recebido face à dedicação aos estudos, feita pelo amigo?Paulo Fernando de Oliveira. Embora inseguro sobre o futuro já tinha ao menos uma certeza e um hábito, o da dedicação ao trabalho e o foco na realização dos objetivos.
E pensar que tão incerto era o futuro que cheguei a prestar vestibular para agronomia em 2005 como segunda opção hehehe.
Pois bem, dez anos se passaram e algumas lições foram aprendidas, dentre sucessos e fracassos, graduei-me em direito, terminei um mestrado, ingressei no doutorado, iniciei a carreira de advogado, tornei-me suplente de vereador em Passo Fundo com 1.214 votos, sendo o vigésimo candidato mais votado da cidade em 2012, já na minha primeira eleição.
Ainda, a experiência como Procurador do Município, e o ofício de professor do qual muito me orgulho.
Olhando para o passado e sabendo que muitas outras experiências virão, sucessos e fracassos, os quais devemos aprender a lidar cotidianamente, afirmo com certeza, sem querer parecer pretensioso (afinal ainda estou com 27 anos kkk), que com humildade e dedicação somos levados a realizar sonhos.
Ademais, passados os anos, percebo que os maiores bens que podemos possuir são aqueles que muitas vezes sempre estiveram conosco e os quais, as vezes pouco valorizamos: a família e os amigos.
Quero agradecer a todos que nesses dez anos me acompanharam nessa jornada e que, se Deus quiser, continuarão dando sentido a minha vida nos anos que estão por vir.
Abraço a todos.
Agora, resta saber se aqueles que se prestaram a ler até aqui, consideram o atual governo legítimo (e não falo de legal, pois foi eleito dentro da lei) para mandar nos brasileiros.
Se, de fato, a maioria da população não está contente com o atual governo, não é pelo fato do nosso sistema político não possuir ferramentas de verificação periódica da vontade popular (diríamos um recall, por exemplo), que devemos ser consultados sobre o que queremos, somente a cada quatro anos.
Ironicamente, somos hábeis para mudar cotidianamente nossas escolhas quando elas se referem a assuntos privados.
Mudamos de roupa, cabelo, carro, a todo o instante, já que, ninguém gosta de ser mandado indevidamente.
Por que não podemos fazer o mesmo quando se trata de nossa vontade pública e popular, que trata de assuntos muito mais relevantes?
Não lhes parece óbvio que devemos exigir que nossa vontade seja respeitada a todo momento, e não apenas a cada quatro anos quando, muitas vezes, dias após a escolha, nos arrependemos de tê-la feito?